PF investiga riscos de um atentado terrorista no Brasil
O relatório da Polícia Federal aponta que “Os libaneses em atividade
criminosa, apesar de terem no tráfico de cocaína seu principal foco de
atividades, também atuariam no tráfico de armas para grupos criminosos
de São Paulo, sendo que, recentemente, também teriam intermediado uma
negociação de explosivos (aparentemente C4, sendo também sabido que um
carregamento de tal material foi subtraído no Paraguai e vem sendo
vendido a preços bem baixos)”.
O monitoramento da PF mostra registros inclusive do risco de um
atentado terrorista no Brasil, mas os detalhes não foram revelados. A
notícia não chega a ser nova, já que autoridades norte-americanas
defende que a região da tríplice fronteira sempre foi palco de atuação
de grupos ligados ao terrorismo. O governo dos EUA aponta também que o
dinheiro do tráfico de drogas constitui uma das principais fontes de
financiamento de grupos terroristas. O Departamento do Tesouro americano emitiu relatórios desde 2006
mostrando que grupos como o Hezbollah agiam livremente na fronteira, mas
o governo brasileiro negava haver provas que terroristas agiam na
região do Sul do país. As acusações foram reiteradas nos anos seguintes
pelo DEA, agência americana de combate às drogas.
Segundo o no Comitê de Segurança Nacional dos EUA, o supervisor das atividades do Hezbollah na América Latina é o iraniano Moshen Rabbani.
Ele é acusado de planejar os ataques terroristas contra judeus em
Buenos Aires em 1992 e 1994. O irmão de Rabbani vive no Brasil e teria
envolvimento com recrutamento de pessoas que são posteriormente
treinados na Venezuela e no Irã.
A postura do Hezbollah, que no Líbano é ao mesmo tempo partido político e facção terrorista, não é diferente de grupos como o Hamas, que trava uma luta constante contra Israel.
Sayyed Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah faz questão de reiterar que
os dois grupos são “verdadeiros parceiros nessa resistência, uma
parceria da jihad, da fraternidade, da esperança, da dor, do sacrifício e
do destino, pois sua vitória é nossa vitória plena, e sua derrota é
nossa plena derrota”.
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