sábado, 24 de novembro de 2018

Evangélicos podem ocupar 30% do cargos do governo de BolsonaroResultado de imagem para silas, gideoes

Amigo de longa data do presidente eleito Jair Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia tem sido uma das vozes mais fortes na defesa desde às vésperas do primeiro turno, quando superaram as diferenças que os havia afastado.

Sempre ativo nas redes sociais, com seus discursos contundentes que misturam porções bíblicas com opiniões políticas sempre contra os “esquerdopatas”, Malafaia não tem papas na língua. Com a nomeação dos primeiros ministros, ele voltou a surgir com destaque na imprensa ao tentar emplacar aliados e barrar quem se distancia de seu pensamento.

Embora não seja parlamentar nem faça parte da bancada evangélica, posiciona-se como se fosse e com frequência é ouvido como uma espécie de “porta-voz” informal. Em entrevista à revista Crusoé desta semana, ele explicou que sua opção por posicionar-se desta forma é porque o Brasil vive uma “guerra ideológica”. A proximidade de Bolsonaro com as lideranças evangélicas é conhecida. Segundo o Datafolha, cerca de 70% desse segmento votou nele, num total estimado de 22 milhões de votos. Considerada a pequena diferença no percentual que o separou do Fernando Haddad (PT), parece óbvio que este apoio foi fundamental.

Guerra ideológica isso não significa que o ministério do novo governo será formado de lideranças políticas evangélicas escolhidas a dedo, como insinua a grande imprensa. Por enquanto, apenas o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, pode ser identificado com a bancada evangélica, bloco do qual fazia parte quando era deputado federal. O deputado federal João Campos (PRB/GO), ex-presidente da Frente Parlamentar Evangélica, desponta como um dos favoritos para a presidência da Câmara. Contudo, Malafaia minimiza. “Os evangélicos não estão nessa. Ele é evangélico, pertence à frente, é um homem bacana, íntegro e direito. Não vou dizer que é o melhor. Vou dizer que é dos bons nomes. Se for Rodrigo Maia ou João Campos, a Câmara não fica mal, não.” Algumas decisões do capitão já estão sendo questionadas, incluindo a nomeação de pessoa que teriam envolvimentos no passado com práticas que ele diz combater. Seu argumento é que até serem considerados culpados, permanecerão nos cargos. 

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