sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Boulos diz que invasões de MST e MTST são parte da “democracia”

Tendo concorrido à Presidência da República este ano pelo PSOL, Guilherme Boulos ganhou projeção nacional. Ele retomou suas atividades como coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e nesta quinta-feira (8) visitou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na prisão em Curitiba.
Na saída do encontro fez um breve discurso rejeitando a movimentação no Congresso para ampliar a Lei Antiterrorismo, que poderá tipificar como “terrorismo” quaisquer atos de “motivação política, ideológica ou social” e que coloquem em risco a liberdade individual.fA relatoria do projeto é do senador Magno Malta (PR/ES), aliado do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), que também já defendeu que ações de movimentos sociais como o MTST e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) passem a ser tipificados como terrorismo. Sem citar nomes, Boulos chama a comparação de um “descalabro próprio de pessoas e regimes autoritários”. Para ele, “qualificar a luta social como terrorismo é próprio de quem não consegue conviver com oposição, de quem não consegue conviver com contestação, de quem não consegue conviver com democracia”.
A votação na Câmara sobre as mudanças na lei acabou adiada após mobilizações de partidos como PT e PSOL, mas deve voltar à pauta antes do final do ano. Usando a mesma retórica dos debates presidenciais, Boulos afirmou que esses “movimentos sociais” são responsáveis por diversas conquistas de direitos na história do país.

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